Análise das regiões organizadoras de nucléolos (AgNORs) nas neoplasias intraepiteliais cervicais

O rastreamento e o diagnóstico das lesões que ocorrem na evolução ao câncer cervical são realizados pelos exames citológico (preventivo/Papanicolaou) e histológico. Estes adotam critérios subjetivos e tem baixa reprodutibilidade inter e intra-observadores. O diagnóstico diferencial entre as lesões de baixo grau e as de alto grau é muito variável entre os patologistas, principalmente no início das lesões. Além disso, os exames disponíveis não fornecem suporte a respeito da dinâmica de regressão ou progressão das lesões pré-neoplásicas e a conduta clínica das pacientes depende da graduação das lesões. Neste contexto, a identificação de biomarcadores que possam fornecer informações sobre a progressão ou regressão das lesões e, portanto, melhorar o prognóstico e o diagnóstico, pode representar significativo avanço nos programas de prevenção do câncer cervical. Atualmente, diversas moléculas ou fatores envolvidos na proliferação celular vêm sendo estudados como possíveis marcadores para uso associado à citologia e/ou histologia. Dentre estes, estão as regiões organizadoras de nucléolos (NORs), relacionadas à proliferação celular e já utilizadas no prognóstico e diagnóstico de alguns tumores. Poucos estudos foram realizados avaliando AgNORs e as neoplasias intraepiteliais cervicais e nenhum associando AgNOR a outros biomarcadores no câncer cervical. Portanto, este projeto tem por objetivo padronizar a técnica para análise de NOR em material parafinado, correlacionar o número de AgNORs com os graus de neoplasia intraepitelial cervical e comparar o teste AgNOR com o de outros biomarcadores no câncer cervical.

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